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Mostrando postagens de junho, 2024

A consagração do imperador Napoleão e a coroação da imperatriz Josefina em 2 de dezembro de 1804 (The Consecration of the Emperor Napoleon) por Jacques-Louis David

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1806 - 1807 JACQUES-LOUIS DAVID A consagração do imperador Napoleão e a coroação da imperatriz Josefina em 2 de dezembro de 1804 Óleo sobre tela (6,21m x 9,79m)  Museu do Louvre, Paris  Ala Denon, 1° andar, sala 702 Esta tela imensa representa um momento crucial na coroação de Napoleão Bonaparte, em 2 de dezembro de 1804, na Catedral de Notre-Dame de Paris. Coroado - como os imperadores romanos - com um diadema de folhas de louro douradas, Napoleão está prestes a colocar a coroa imperial na cabeça de sua esposa Josefina. O Papa Pio VII pode ser visto à direita, com sua mão erguida em sinal de benção. Jacques-Louis David (Parıs, 1748- Bruxelas, 1825) estava presente na cerimônia durante a qual teve a oportunidade de retratar muitos dos convidados, chegando a incluir sua própria imagem no centro da galeria, olhando a cena do alto, a esquerda. David.se inspirou na Coroaçao de Maria de Médici, do pintor flamengo Peter Paul Rubens apresentando uma longa fileira de personagens organizadas po

O concerto pastoral (Le Concert champêtre) por Ticiano

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  c. 1509 TICIANO O concerto pastoral Óleo sobre tela (1,05m x 1,37m)  Museu do Louvre, Paris  Ala Denon, 1° andar, sala 711 O assunto exato dessa pintura permanece sendo um mistério. Talvez seja a alegoria de uma poesia, cujos símbolos - a flauta e a água fresca - são apresentados por duas figuras femininas nuas. No início do século XVI, em Veneza, havia uma preferência difundida de combinar os mundos material e espiritual na mesma dimensão artística. Essas musas devem existir exclusivamente na imaginação dos dois homens a quem elas inspiram. Ou talvez o tema seja a “Arcádia mítica” e lendária Era de Ouro amada por humanistas renascentistas. Esses filósofos acreditavam que era possível recuperar a noção de paraíso perdido pela imersão no mundo natural e na vida bucólica. O jovem com o alaúde pode ser um desses nobres refinados, que se refugia em um cenário pastoral, com suas fontes clássicas de inspiração poética e musical. Em qualquer caso, a obra é notável pela atmosfera exuberante

A Liberdade guiando o povo ( La Liberté guidant le peuple) por EUGÈNE DELACROIX

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  1831 EUGÈNE DELACROIX A Liberdade guiando o povo Óleo sobre tela (2,60m x 3,25m)  Museu do Louvre, Paris  Ala Denon, 1° andar, sala 700 Em 2 de julho de 1830, Charles X (1757-1836) emitiu uma série de ordens suspendendo liberdades civis, particularmente a liberdade de imprensa. Esses atos levaram à Revolução de 1830 e a três dias de tumulto, em 27, 28 e 29 de julho, que ficaram conhecidos como " Trois Glorieuses" (Três Gloriosos [Dias]). A insurreição popular derrubou último da linha dos Bourbons: o primo de Charles, Luís Filipe, duque de Orleans (1773-1850) o sucedeu como rei da Franca, instituindo uma monarquia parlamentar. Eugène Delacroix (Charenton-Saint-Maurice, 1798-Paris, 1863) testemunhou esses eventos. Profundamente tocado, ele pintou essa obra alegórica. Para reforçar o significado simbólico da pintura, Delacroix combinou uma versão altamente realista da Notre-Dame de Paris e das casas próximas a ela com uma vista imaginária dominada por uma figura alegórica guia

Peregrinação à ilha de Citera (Pilgrimage to Cyther) por Jean-Antoine Watteau

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  1717 JEAN-ANTOINE WATTEAU Peregrinação à ilha de Citera Óleo sobre tela (1,29m x 1,94m)  Museu do Louvre, Paris  Ala sULLY, 2° andar, sala 917 Em uma fila sinuosa, caminham rumo ao barco de proa dourada atracado logo abaixo. À direita, há um busto da deusa Vênus, encoberto por um bosque denso, que rege os deleites amorosos. Os pertences da divindade d a divindade - uma aljava e um arco - estão base da estátua. Pequenos cupidos enchem o céu; um deles segura uma tocha que simboliza o amor romântico. Jean-Antoine Watteau (Valenciennes, 1684-Nogent-sur Marne, 1721) submeteu essa pintura como uma prova acadêmica para se qualificar como membro da Academia Real de Pintura Escultura em 1717. A obra inaugurou O gênero conhecido como "fetê galante". A pintura mostra amantes embarcando para ilha de Afrodite, Citera, famosa por seus redutos românticos. A ilha conhecida na literatura como um refugio idílico de amor e prazer. O artista não esta tentando contar uma história especí

A inspiração do poeta (The inspiration of the poet) por Nicolas Poussin

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  c. 1630 NICOLAS POUSSIN A inspiração do poeta Óleo sobre tela (1,83m x 2,13m)  Museu do Louvre, Paris  Ala Richelieu, 2° andar, sala 826 Apolo, o Deus da luz, da poesia e da música domina o centro dessa obra. Ele identificado por sua lira, o instrumento musical por excelência do poeta grego clássico. A musa Calíope está à esquerda; ela é o espírito da eloquência e da poesia épica. À direita, um poeta (talvez o autor romano Virgílio), escreve em uma tábua, inspirado pelo patrono divino das artes. No chão, aos pés do deus, estão os textos encontrados na literatura clássica: a Ilíada e a Odisseia , do poeta grego Homero, e a Eneida , do romano Virgílio. O significado exato dessa pintura permanece um mistério. Talvez seja uma evocação idílica da inspiração artística ou uma tentativa de descrever as artes da poesia e da pintura no mesmo nível de prestígio. Todos os detalhes pictóricos são tirados de fontes clássicas. A luz dourada do sol poente ilumina as formas, e a escolha do pint

As bodas de Caná (The Wedding of Cana) por Paolo Veronese

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  1563 PAOLO VERONESE As bodas de Caná Óleo sobre tela (6,77m x 9,94m)  Museu do Louvre, Paris  Ala Denon, 1° andar, sala 711 Durante um banquete de casamento em Caná, na Galiléia, o vinho acaba antes do final da refeição. Jesus pede aos serviçais para encherem cinco jarras com água e então servirem o mestre da celebração, que percebe que a água foi transformada em vinho. Foi o primeiro milagre de Jesus. Nessa obra, o artista transpõe esse episódio da vida de Cristo para o suntuoso cenário da celebração de um casamento da Renascença veneziana. Os convidados vestem trajes magníficos, os pratos servidos são feitos de ingredientes valiosos, e os inúmeros servos e músicos confirmam a importância da ocasião. As vestes simples de Cristo e da Virgem contrastam com as vestimentas suntuosas dos demais convidados. Vários símbolos evocam a Paixão de Cristo e a celebração da Eucaristia, incluindo o cordeiro sendo trinchado e o jarro de vinho logo acima da figura de Jesus, além das flores bran

A bela jardineira, conhecida como Madonna e a criança com São João, o Batista por Rafael

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  1505-1508 RAFAEL A bela jardineira, conhecido como Madonna e a criança com São João, o Batista Óleo sobre painel de madeira (122cm x 80cm)  Museu do Louvre, Paris  Ala Richelieu, 1° andar, sala 710 A Virgem está sentada sobre um afloramento em um prado ou um jardim exuberante com plantas e botões de flores. Essa configuração em meio a natureza deu à obra seu conhecido título A bela jardineira . Maria está acompanhada por Cristo menino e São João, o Batista que se ajoelha diante de seu primo, sua mão direita segurando uma cruz que prevê o sacrifício de Cristo. O menino Jesus está em cima do pé de Sua mãe e consegue alcançar com uma de suas mãos um livro de oração, onde Seu destino já está escrito. Olhando para baixo, a Virgem segura a criança em um abraço tranquilizador. As figuras, unidas pela interação de gestos e olhares, irradiam um sentimento sereno de intimidade que é enfatizado pela composição piramidal da pintura. Rafael (Urbino, 1483-Roma 1520), que foi ativo em Florença ent

Retrato de Lisa Gherardini, conhecido como Mona Lisa (Portrait of Lisa Gherardini, known as Mona Lisa) por Leonardo da Vinci

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  1503-1506 Leonardo da Vinci Retrato de Lisa Gherardini, conhecido como Mona Lisa Óleo sobre painel de madeira (77cm x 53cm)  Museu do Louvre, Paris  Ala Denon, 1° andar, sala 711     A beleza tranquila de seu sorriso lendário, a pose elegante de suas mãos e o mistério da paisagem imaginária no plano de fundo da pintura - essas qualidades só explicam parcialmente o feitiço lançado pelo retrato de Mona Lisa. Essa imagem reconhecida no mundo todo se tornou um símbolo emblemático do Louvre. Seu roubo, executado pelo pintor de casas italiano Vincenzo Peruggia em 1911, só aumentou sua fama.     Provavelmente iniciada em Florença em 1503, transportada para Milão em 1506 e então para a França em 1517, Mona Lisa acompanhou Leonardo da Vinci (Vinci, 1452-Amboise, 1519) em suas viagens. O rei Francıs I ficou fascinado com a pintura, tendo-a adquirido do herdeiro de Leonardo, Salai, após a morte do artista. A composição inovadora do trabalho, a grandiosidade de seu tema e a harmoniosa relação e

Vênus e as três Graças presenteando uma jovem (Venus and the Three Graces Ofering Gifts to a Young Lady) por Sandro Botticelli

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  1483-1485 Sandro  Botticelli Vênus e as três Graças presenteando uma jovem Afresco (2,11m X 2,83m) Museu do Louvre, Paris  Ala Denon, 1° andar, sala 706 Este afresco foi pintado para uma vila em Lemmi, uma cidade próxima a Florença. Ele retrata uma jovem recebendo um buquê de flores das mãos de Vênus e de três donzelas que a acompanham. Assim como outros humanistas da época, Sandro Botticelli (Florença, c. 1445-Florença, 1510) considerava a deusa como a mãe das artes e do conhecimento. Aqui, uma jovem mulher, uma mera mortal, recebe o presente inestimável da sabedoria, que permite à humanidade aspirar à imortalidade da alma. As três Graças ao seu lado representam os três aspectos da generosidade - dar, receber e agradecer -, que são a essência dos ensinamentos neoplatônicos dos filósofos renascentistas. As mulheres retratadas resumem o ideal físico de Botticelli: uma vivacidade elegante e quase insubstancial. Elas representam uma visão idealizada da beleza que era muito admirada nos

A virgem do chanceler Rolin (The Virgin and Child with Chancellor Rolin) por Jan van Eyck

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  c.1435   Jan van Eyck  A virgem do chanceler Rolin  Óleo sobre painel de madeira (66cmx62cm)  Museu do Louvre, Paris  Ala Richelieu, 2° andar, sala 818       Nicolas Rolin, chanceler do ducado de Borgonha, foi uma influente figura na corte do duque Filipe, o Bom. Entre 1432 e 1435, ele encomendou essa pintura de Jan van Eyck (Maaseik, 1390/1 395-Bruges 1441) para à donzela da capela na lgreja do Castelo de Notre-Dame, em Autun. O ducado foi um dos mais importantes estados europeus à época combinando dois ricos territórios: Borgonha e Flanders. O artista flamengo Jan van Eyck foi, dessa maneira, uma escolha óbvia para a comissão.       A pintura reflete a visão de mundo do século XV. A esquerda, o domínio terrestre é representado pelo chanceler de joelhos, com uma cidade medieval típica vista a distância. O reino celestial é mostrado à direita: a Virgem Maria é coroada, acompanhada de Jesus menino; um anjo paira acima, e uma cidade de igrejas pode ser vista atrás deles. O rio no centr